Se antes os ataques de ransomware já eram uma dor de cabeça constante, o cenário agora se tornou ainda mais crítico com a chegada do que vem sendo chamado de Ransomware 3.0. Essa nova onda não se contenta apenas em sequestrar dados ou ameaçar divulgá-los. O objetivo agora é muito mais agressivo: a completa destruição dos ambientes digitais, comprometendo máquinas virtuais, corrompendo backups e derrubando estruturas inteiras de TI.

A ameaça evoluiu — e muito. Segundo dados trazidos por um relatório da Deloitte, cerca de 75% das organizações globais já foram vítimas de ransomware. Essa escalada tem sido impulsionada pela profissionalização do crime cibernético, com modelos como o Ransomware-as-a-Service (RaaS) e o uso crescente de inteligência artificial para automatizar ataques.

O mais alarmante? Mesmo entre as empresas que cedem à pressão e pagam o resgate, apenas 65% conseguem recuperar completamente seus dados. Ou seja, o risco de prejuízo continua mesmo após o pagamento, o que reforça o ponto: não existe negociação segura com cibercriminosos.

Então, o que fazer diante desse cenário?

Aqui na SIAC, defendemos uma abordagem preventiva e estratégica. E isso passa por quatro pilares essenciais:

  1. Backups seguros e offline
    Não adianta ter backup se ele também pode ser criptografado ou apagado no ataque. É essencial manter cópias isoladas da rede, em locais seguros e com políticas de versionamento.

  2. Arquitetura Zero Trust
    A lógica é simples: não confie em nada, verifique tudo. Controle de acessos, autenticação multifator e segmentação de rede são elementos-chave para reduzir a superfície de ataque.

  3. Monitoramento constante
    Detecção e resposta rápida são cruciais. Quanto antes o ataque for identificado, maiores as chances de impedir danos mais graves. Ferramentas de EDR, SIEM e MDR são cada vez mais indispensáveis.

  4. Plano de resposta a incidentes bem definido
    Ter um plano é o que diferencia empresas que apenas “sobrevivem” das que conseguem se recuperar com agilidade. Não se trata de "se acontecer", mas de "quando acontecer".

O Ransomware 3.0 é um alerta claro de que a segurança da informação deixou de ser opcional ou complementar — ela é vital. Na prática, significa sair da postura reativa e abraçar uma cultura de segurança como parte do DNA do negócio.

Fica o recado: a próxima geração de ataques já começou. A pergunta é — sua empresa está preparada para ela?


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